Qual é o motivo por trás da proibição de consumir carne na Sexta-feira Santa?
A Sexta-feira Santa, também conhecida como Sexta-feira da Paixão, é um dos momentos mais significativos no calendário litúrgico do catolicismo. Este dia, que precede o domingo de Páscoa, marca a crucificação e morte de Jesus Cristo. Em 2024, o feriado nacional ocorre em 29 de março.
Na tradição da Igreja Católica, os fiéis observam a Sexta-feira Santa praticando a caridade e a penitência. Uma das práticas mais reconhecidas é a abstinência de carne. Alguns fiéis optam por evitar qualquer tipo de carne, enquanto outros substituem carnes vermelhas ou de aves por peixe e frutos do mar.
Em uma entrevista concedida ao programa Faustão na Band (2022-2023), o padre Reginaldo Manzotti explica a razão pela qual a religião proíbe o consumo de carne na Sexta-feira Santa.
Ele esclarece que, antigamente, havia diversos dias de jejum, abstinência de carne e prática da caridade, mas que atualmente isso se resume a dois dias: a Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma, e a Sexta-feira Santa, onde é prescrito o jejum, consistindo em uma refeição completa durante o dia.
A recomendação da Igreja Católica é que os fiéis evitem consumir carne vermelha na Sexta-feira Santa, o dia que simboliza a crucificação e morte de Jesus Cristo. Essa prática é um gesto de respeito ao sacrifício de Cristo e ao seu derramamento de sangue. O padre Manzotti acrescenta que este é o único dia do ano sem missa.
Em relação ao que pode ser consumido, muitos fiéis escolhem não comer carne de forma alguma nesse dia. Outros substituem a carne bovina e de aves por peixe e frutos do mar. No entanto, o padre enfatiza a importância do espírito de humildade e caridade exigido pela data.
Ele destaca a prática de dedicar o dinheiro economizado ao não consumir carne a obras de caridade, como doações para instituições ou pessoas necessitadas. O padre Manzotti enfatiza que não faz sentido substituir a carne por alimentos mais caros, como camarão ou bacalhau, pois isso não representa verdadeira penitência.
Fonte: Band.com.br