As contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 58,44 bilhões em fevereiro deste ano, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Esse valor é o maior para o mês de fevereiro em 28 anos, desde o início da série histórica. Esse resultado preocupante ocorreu mesmo com um bom desempenho da arrecadação, que atingiu R$ 6,5 bilhões, também um recorde histórico para o período. O déficit foi impactado pelo pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios, destacando a necessidade de controle das despesas públicas.

Apesar do aumento na arrecadação, o governo enfrenta dificuldades em equilibrar as contas, evidenciadas pelo déficit recorde. A injeção de recursos na economia através dos precatórios não foi suficiente para compensar o desequilíbrio fiscal. Além disso, o governo continua fortalecendo medidas para aumentar a arrecadação, sem considerar cortes na máquina pública ou privatizações para reduzir gastos ineficientes.

Diante desse cenário, surgem questionamentos sobre a gestão fiscal do país e a necessidade de medidas mais eficazes para conter o déficit. A discussão se estende para além dos precatórios, abrangendo a reforma tributária e a estruturação dos gastos públicos. É fundamental encontrar um equilíbrio entre arrecadação, despesas e investimentos para promover um desenvolvimento econômico sustentável e evitar impactos negativos para a sociedade e a economia como um todo.