De acordo com a Billboard, as gravadoras estão reexaminando seus contratos a fim de adiar as regravações, semelhantes às empreendidas por Taylor Swift.

Uma matéria da revista Billboard, publicada nesta segunda-feira, revelou que o estrondoso sucesso global das “Taylor’s Versions” está causando inquietação entre as principais gravadoras da indústria da música. Isso levou essas gigantes a revisarem seus contratos com novos artistas e a intensificarem o envolvimento de advogados de alto calibre nas negociações.

O artigo menciona que nos Estados Unidos, grupos como Universal, Sony e Warner estão exigindo que alguns de seus novos artistas assinem cláusulas contratuais que podem impedir que eles regravem suas próprias músicas por um período de até 10, 15 ou até 30 anos após deixarem suas respectivas gravadoras.

Josh Karp, um advogado veterano que analisou essas novas restrições contratuais, expressou sua surpresa ao dizer: “Da primeira vez que vi isso, tentei eliminá-lo completamente. Eu simplesmente pensei: ‘O que é isso? Isso é estranho. Por que concordaríamos com restrições mais severas do que aceitamos no passado com a mesma gravadora?'”.

Anteriormente, era comum que os contratos de gravação estipulassem prazos mais curtos, permitindo projetos semelhantes aos empreendidos por Taylor Swift, geralmente no período de cinco a sete anos após o lançamento da obra original, ou, em alguns casos, dois anos após o término do contrato.

Gandhar Savur, outro advogado renomado no setor, que já trabalhou com bandas como Cigarettes After Sex, destacou uma experiência recente com uma gravadora independente que previa uma restrição de regravação de até 30 anos, algo muito mais longo do que o habitual.

A Billboard também lembrou que Taylor Swift não é pioneira nesse tipo de ação, já que lá atrás, Frank Sinatra regravou alguns de seus maiores sucessos da década de 1960. No entanto, a revista enfatizou o impacto que Swift teve após seu conflito com a Big Machine Records, algo sem precedentes na indústria musical.

O advogado Josh Binder, que representa a cantora SZA, argumentou que o caso de Swift não deveria alarmar os executivos, uma vez que se trata de um contexto específico. Recentemente, Taylor Swift conquistou um sucesso estrondoso com a turnê “The Eras”, que ainda está em andamento e chegará ao Brasil em novembro.

O lançamento mais recente da série “Taylor’s Version” é a regravação do clássico álbum “1989”.

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