A Pitchfork criticou o novo disco de Halsey, classificando-o como “confuso e irrelevante” e atribuindo uma nota baixa.

A revista Pitchfork lançou uma crítica contundente ao novo álbum de Halsey, The Great Impersonator, que chegou ao público na última sexta-feira. Com uma avaliação de apenas 4.8, a publicação não poupou palavras ao abrir a crítica com uma observação incisiva: “Saber que a faixa-título é um tributo à Björk ou que ‘Arsonist’ teria o estilo de Fiona Apple faz você se perguntar se eles [Halsey e seus colaboradores] já ouviram alguma dessas artistas.”

Conhecida por suas análises detalhadas e muitas vezes polêmicas, a Pitchfork destacou o que chamou de falhas estéticas e sonoras no projeto, descrevendo-o como “confuso até mesmo em seu cerne”. O jornalista Shaad D’Souza escreveu que “Halsey se arrasta por corredores de pop-rock monótonos, atrás de composições que, embora emocionalmente potentes, são irrelevantes”. Esse comentário reflete o tom da crítica, que coloca em xeque a originalidade e o foco do álbum.

Um aspecto especialmente criticado foi a série de ensaios fotográficos realizados por Halsey para o lançamento do álbum, inspirados em grandes ícones da música pop. A estética criada com essas imagens é um dos elementos que pautam a identidade visual do trabalho, mas que, segundo D’Souza, não se traduz em um conceito bem estruturado. “Essa é uma ótima ideia para uma série de posts no Instagram. Como conceito para um álbum pop, é bastante genérico—sem ser tão explícito, isso é essencialmente o que Taylor Swift fez em Lover ou Chappell Roan em The Rise and Fall of a Midwest Princess. A intensidade com que Halsey abraça esse aspecto de The Great Impersonator é, no geral, prejudicial.”

D’Souza aponta ainda que Halsey parece estar excessivamente envolvida em conceitos, o que, na visão do crítico, resulta em “reflexões superficiais sobre fama em metáforas tortuosas”. A crítica fecha com uma reflexão de que, embora Halsey não se destaque ao tentar canalizar personalidades de outras épocas ou na análise da fama moderna, isso não deve impedi-la de prosseguir na busca de um caminho autêntico. A recomendação? “Recalcular a rota.”

Se você ainda não ouviu, a experiência pode ser interessante para tirar suas próprias conclusões.

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